Com imensa alegria e gratidão a Deus, chegamos em 2024, ano centenário da criação da Diocese de Juiz de Fora. Foi no dia 1º de fevereiro de 1924 que o Papa Pio XI (1922-1939) assinou a bula Ad Sacrosancti Apostolatus Officium, com a qual dava início à história eclesiástica local e aos amplos calendários das funções pastorais.
Idealizada por Dom Silvério Gomes Pimenta, 9º Bispo e 1º Arcebispo de Mariana, levada a efeito pelo seu sucessor, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, a criação da Diocese de Juiz de Fora era necessária e urgente, uma vez que a população crescera imensamente nesta região e a Arquidiocese de Mariana constituía uma enorme extensão geográfica, dificultando, inclusive, a boa assistência e presença do Pastor Arquidiocesano nas suas inúmeras e longínquas paróquias. Um ano depois, o primeiro Bispo Diocesano, Dom Justino José de Santana, tomava posse de seu oficio e iniciava sua missão episcopal.
A Diocese se desenvolveu maravilhosamente com seus calendários extensos e vivos, sendo elevada à condição de Arquidiocese aos 14 de abril de 1962, ano em que foi iniciado o Concílio Ecumênico Vaticano II. Seu primeiro Arcebispo foi Dom Geraldo Maria de Morais Penido, a quem coube desenvolver um calendário marcado pelas inovações do Concílio, com atividades novas e estruturação modernizada da Igreja.
Depois de uma viva preparação trienal, tendo sido celebrado o Ano Josefino em 2021, o Ano Antoniano em 2022 e o Ano Mariano em 2023, celebraremos, jubilosos, o ano centenário. Sendo a Eucaristia o centro vital da Igreja, que celebra contínua e ininterruptamente a presença de Cristo Ressuscitado em meio ao Povo de Deus que peregrina na terra rumo ao céu, no primeiro quartel deste centenário foram realizados dois Congressos Eucarísticos de viva expressão. Assim, depois de várias consultas ao clero e a leigos, escolhemos o tema eucarístico para ser o centro de todas as atividades e comemorações centenárias, expressando a eclesiologia do Concilio Vaticano II, que destacou a Eucaristia como fonte e ápice da vida da Igreja. Lemos entre os principais ensinamentos do Concílio: O nosso Salvador instituiu na última Ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até Ele voltar, o Sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura (Sacrosactum Cocilium – 47).
Para bem celebrarmos o Ano Eucarístico, teremos várias atividades previstas, entre as quais brilham com maior esplendor a Celebração Festiva do Centenário na primeira semana de fevereiro, a instalação do Santuário Eucarístico Arquidiocesano, em data ainda a ser estabelecida, e nosso III Congresso Eucarístico, previsto para novembro.
Impulsionado pela alegria eucarística, a todos envio a bênção com os votos de um Santo e Feliz Ano Novo.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora