“Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. 40.Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. 41.Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42.E exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. 43.Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? 44.Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. 45.Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!” (Lc 1,39-45).
Maria leva Jesus, seu salvador e nosso, em seu seio virginal até Isabel que já antegoza a alegria da salvação. É o mesmo Menino-Deus ainda gestado quem é a causa da alegria para Isabel e para todos nós. Maria se alegra por ser aquela que nos dá, nos oferece o seu filho, o Filho de Deus, o Emanuel. Há um lógion em Atos dos Apóstolos (At20,35) que afirma ser maior a alegria em dar do que em receber.
Todo cristão adulto na fé sabe – conhece e saboreia – a sua missão de levar o Evangelho a todas as gentes. Assim, na cena da visitação a Isabel aprendemos a degustar a alegria de, impulsionados pelo Espírito Santo, evangelizar, apresentar o Ressuscitado como esperança do mundo. A alegria de Maria se fez hino de louvor cantado até nossos dias nas catedrais, nas igrejas e nos santuários dos corações dos fiéis.
A presença de Maria entusiasmou Isabel por descortinar o admirável plano divino e se tornará proclamadora das bem-aventuranças de Nossa Senhora, por ter acreditado, por ser uma mulher de fé, a primeira discípula de seu filho.
Além da alegria dessas duas mulheres, contemplamos também a alegria do Batista ainda no tear de sua humanidade. A criança ainda no ventre materno logo reconhece a presença Daquele que ele, como adulto, anunciará às margens do rio Jordão. João mostrará aos seus contemporâneos, apontando para Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Os MECEs são missionários por anunciarem a Palavra de Salvação e, ainda mais, por levarem o Corpo e a vida do Salvador, vida de nossa vida, aos irmãos (ãs). É o Evangelho segundo João a nos afirmar: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a VIDA em vós”.
Vejam a humildade de nosso Deus. Ele se deixa levar no cálido seio virginal de sua mãe e, hoje se deixa levar, qual precioso tesouro, nas mãos dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística.
Como na cena da Visitação, o Ministro leva em suas mãos a alegria, o primeiro fruto do Espírito (Gl 5,22) para o irmão doente e para si mesmo. No corpo de Cristo o enfermo se alegra e firma na esperança.
Que as mãos dos MECEs saibam sempre folhear com a atenção do coração as páginas sagradas que nos fazem descortinar a maravilhosa síntese de nossa fé em Cristo e, porque também não dizer, que no dedilhar das contas do rosário contemplamos docemente as glórias de Nossa Senhora, os mistérios da Misericórdia divina e de nossa salvação.
Caros MECEs quão abençoadas são as suas mãos!
Agradeço o humilde serviço de cada um dos senhores, de cada uma das senhoras.
Dom Paulo Francisco Machado
Diocese de Uberlândia