Mais uma vez os fiéis, leigos e clérigos, da Diocese da Campanha/MG, juntamente com o seu Bispo Diocesano, Dom Pedro Cunha Cruz, peregrinaram à Casa da Mãe Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, para agradecer por tantos benefícios e graças recebidas, tendo como tema: Com o coração ardendo, colocamos nossos pés a caminho rumo à casa da Mãe Aparecida.
No Documento de Aparecida (2007), os Bispos ao abordarem sobre a piedade popular como lugar de encontro com Jesus Cristo afirmaram que: nas peregrinações é possível reconhecer o Povo de Deus a caminho. Aí o cristão celebra a alegria de se sentir imerso em meio a tantos irmãos, caminhando juntos para Deus que os espera. O próprio Cristo se faz peregrino e caminha ressuscitado entre os pobres. A decisão de caminhar em direção ao santuário já é uma confissão de fé, o caminhar é um verdadeiro canto de esperança e a chegada é um encontro de amor, e continuam: o olhar do peregrino se deposita sobre uma imagem que simboliza a ternura e a proximidade de Deus. (…) Nos santuários, muitos peregrinos tomam decisões que marcam suas vidas. As paredes dos santuários contêm muitas histórias de conversão, de perdão e de dons recebidos que milhões poderiam contar.
Para a romaria diocesana deste ano, cada paróquia foi convidada a organizar sua excursão, esforçando-se por levar ao menos um ônibus com os fiéis e estes foram convidados a realizar, a nível paroquial, um momento celebrativo, a fim de que motivados para a viagem fizessem deste momento no Santuário Nacional um encontro dos diocesanos com seus pastores, aos pés da Mãe Aparecida.
Às 06h os romeiros se encontraram diante da tribuna Dom Aloisio Lorscheider para a oração meditada do terço. Após, houve um tempo para o café da manhã até o momento da Santa Missa que foi presidida pelo nosso Bispo Diocesano e concelebrada pelo clero.
Em sua homilia, Dom Pedro refletiu sobre o tema/dom da fé a luz do evangelista Mateus e ponderou que estar no Santuário Nacional significa uma expressão da nossa fé. No entanto, o Bispo salientou que a fé requer fidelidade a um só Deus, se pela fé, pela revelação, Deus se dirige e se doa ao homem, pela fé o homem reponde a Deus que se revela por amor, afirmou. Quem tem uma fé tíbia não resiste aos desafios do deserto, explicou Dom Pedro, e não vê a realização da promessa de Deus, assim a fé requer um ato de gratidão para com Deus, recordando os grandes feitos que Ele realizou em nossa história e em nossa vida.
Dom Pedro ainda afirmou que não podemos vivenciar a fé desvinculado da comunidade, da vivência e do testemunho batismal o ato de crer é sempre um ato eclesial, ou seja, não é possível o binômio fé sim e Igreja não. E, salientou: a falta de fé ou uma fraca fé não transforma a existência humana, pois falta a confiança e a entrega a Jesus como Senhor.
Ao final da reflexão, Dom Pedro disse que precisamos fazer da fé o sentido mais profundo da vida e não podemos colocar em dúvida a sua força salvadora. E, concluiu com a oração:
Virgem Mãe Aparecida, viemos a este Santuário para pedir vossa intercessão,na esperança de aumentarmos a nossa fé e vivermos o anúncio e testemunho no mundo que precisa, cada vez mais do sol e da luz de cada cristão. Ajude-nos, querida Mãe, a discernir e responder concretamente ao chamado de vosso Filho e, neste ano vocacional, a reconhecermos e fortalecermos nossa consciência do discipulado missionário de todos os batizados e batizadas. Vós que sois Mãe, Mestra e Discípula Missionária continue nos ensinando a ouvir o Evangelho da vocação e a responder com alegria e fé o dom de nossa vocação específica sempre com o coração ardente no caminho profético e missionário. Abençoe, Mãe querida, os peregrinos e romeiros da Diocese da Campanha que hoje vem, em vossa casa pedir as bençãos para que possam propagar ainda mais o Reino de vosso Filho e a viverem sua fé como graça e missão.
Texto: Pe. João Paulo Gonçalves de Carvalho – assessor da Pascom diocesana
Foto: Pascom Diocesana e Maria Aparecida A. Enézio