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Sinodalidade, comunhão e participação

O conceito de comunhão (Koinonia) é muito adequado para exprimir o núcleo profundo do Mistério da Igreja e pode ser, certamente, a chave de leitura para uma renovada eclesiologia católica. Algumas visões eclesiológicas, porém, apresentam uma insuficiente compreensão da Igreja enquanto Mistério de Cristo. O conceito de Igreja entendida a partir da comunhão, é fundamental não só para a sua doutrina, mas sobretudo para a pastoral, missão e sinodalidade. Sem este conceito, a Igreja não se percebe como sinal de unidade para o gênero humano.

Portanto, o conceito de comunhão está no “coração da autoconsciência da Igreja” (João Paulo II, discurso aos bispos dos Estados Unidos da América, 16/09/1987), enquanto Mistério da união pessoal de cada homem com a Trindade divina e com os outros homens, e orientada para a plenitude escatológica celeste. Ele expressa uma comunhão vertical (comunhão com Deus) e horizontal (comunhão entre os homens). É essencial para nós cristãos reconhecermos esta comunhão como dom de Deus, pois é fruto da iniciativa divina que se cumpre no Mistério Pascal (Congregação para a Doutrina da Fé. Documentos Pontifícios, 248, n. 3).

Consequentemente, o conceito de comunhão deve ser também capaz de exprimir a natureza sacramental da Igreja. Ela é corpo místico de Cristo, comunidade estruturada e povo congregado na unidade do Pai, Filho e do Espírito Santo (LG, 4). A comunhão eclesial é ao mesmo tempo visível e invisível. É a comunhão de cada homem na mesma fé e natureza divina, na mesma fé e no mesmo espírito (Fl 2, 1). Esta relação entre os elementos visíveis e invisíveis de comunhão eclesial é constitutiva da Igreja como sacramento de salvação (LG 25-27).

Desta sacramentalidade deriva o fato de a Igreja não ser uma realidade voltada sobre si mesma, mas permanentemente aberta à dinâmica missionária e ecumênica, porque é enviada ao mundo para anunciar e testemunhar, atualizar e expandir o mistério de comunhão que constitui: a fim de reunir todos e tudo em Cristo (LG, 9). A comunhão é uma marca da Igreja como povo de Deus. Precisamos viver e trabalhar na unidade, sobretudo neste momento sinodal da nossa Igreja. A sinodalidade faz parte da vida e da missão da Igreja.

Por fim, a sinodalidade sempre foi um caminho percorrido pela Igreja. Papa Francisco lembrou que foi São Paulo VI que retomou este tema no final do Concílio Vaticano II (Francisco, Vídeo-Mensagem, maio 2022). O Sínodo sobre a sinodalidade tem por objetivo ampliar o espaço de comunhão, participação e missão do qual ninguém é excluído (Documento Preparatório, n. 10). Ele coloca a Igreja em movimento, pois a sinodalidade é uma dimensão dinâmica e histórica da Igreja, que anima a sua conversão e a sua reforma em todos os níveis (Francisco, Vídeo-Mensagem, maio 2022). O Sínodo que estamos vivendo será sempre marcante para nós, pois traça o perfil do futuro da Igreja. Não é uma moda que passa, mas um modo de ser e de atuar da Igreja; é o caminho de nossa existência cristã neste milênio. Celebremos a beleza deste momento tão importante para a Igreja.

O conceito de comunhão (Koinonia) é muito adequado para exprimir o núcleo profundo do Mistério da Igreja e pode ser, certamente, a chave de leitura para uma renovada eclesiologia católica. Algumas visões eclesiológicas, porém, apresentam uma insuficiente compreensão da Igreja enquanto Mistério de Cristo. O conceito de Igreja entendida a partir da comunhão, é fundamental não só para a sua doutrina, mas sobretudo para a pastoral, missão e sinodalidade. Sem este conceito, a Igreja não se percebe como sinal de unidade para o gênero humano.

Portanto, o conceito de comunhão está no “coração da autoconsciência da Igreja” (João Paulo II, discurso aos bispos dos Estados Unidos da América, 16/09/1987), enquanto Mistério da união pessoal de cada homem com a Trindade divina e com os outros homens, e orientada para a plenitude escatológica celeste. Ele expressa uma comunhão vertical (comunhão com Deus) e horizontal (comunhão entre os homens). É essencial para nós cristãos reconhecermos esta comunhão como dom de Deus, pois é fruto da iniciativa divina que se cumpre no Mistério Pascal (Congregação para a Doutrina da Fé. Documentos Pontifícios, 248, n. 3).

Consequentemente, o conceito de comunhão deve ser também capaz de exprimir a natureza sacramental da Igreja. Ela é corpo místico de Cristo, comunidade estruturada e povo congregado na unidade do Pai, Filho e do Espírito Santo (LG, 4). A comunhão eclesial é ao mesmo tempo visível e invisível. É a comunhão de cada homem na mesma fé e natureza divina, na mesma fé e no mesmo espírito (Fl 2, 1). Esta relação entre os elementos visíveis e invisíveis de comunhão eclesial é constitutiva da Igreja como sacramento de salvação (LG 25-27).

Desta sacramentalidade deriva o fato de a Igreja não ser uma realidade voltada sobre si mesma, mas permanentemente aberta à dinâmica missionária e ecumênica, porque é enviada ao mundo para anunciar e testemunhar, atualizar e expandir o mistério de comunhão que constitui: a fim de reunir todos e tudo em Cristo (LG, 9). A comunhão é uma marca da Igreja como povo de Deus. Precisamos viver e trabalhar na unidade, sobretudo neste momento sinodal da nossa Igreja. A sinodalidade faz parte da vida e da missão da Igreja.

Por fim, a sinodalidade sempre foi um caminho percorrido pela Igreja. Papa Francisco lembrou que foi São Paulo VI que retomou este tema no final do Concílio Vaticano II (Francisco, Vídeo-Mensagem, maio 2022). O Sínodo sobre a sinodalidade tem por objetivo ampliar o espaço de comunhão, participação e missão do qual ninguém é excluído (Documento Preparatório, n. 10). Ele coloca a Igreja em movimento, pois a sinodalidade é uma dimensão dinâmica e histórica da Igreja, que anima a sua conversão e a sua reforma em todos os níveis (Francisco, Vídeo-Mensagem, maio 2022). O Sínodo que estamos vivendo será sempre marcante para nós, pois traça o perfil do futuro da Igreja. Não é uma moda que passa, mas um modo de ser e de atuar da Igreja; é o caminho de nossa existência cristã neste milênio. Celebremos a beleza deste momento tão importante para a Igreja.

Dom Pedro Cunha Cruz
Bispo Diocesano da Campanha – MG

Uma resposta

  1. Carissimo irmao Dom Pedro, belo texto. Desdobrando as reflexoes do Sinodo trazendo a essencia e a clareza da sinodalidade. Deus o abençoe. Começar o dia com essa leitura é uma prece. Que transformemo-nos em igreja verdadeiramente sinodal e o Reino de Deus seja pleno. Que cada EU se sinodalize. Amem!

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