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Confissão de Pedro

Simão Pedro, aquele que foi testado várias vezes por Jesus antes de lhe dar a importante tarefa de ser referência de unidade entre os apóstolos, na sua missão, confessa testemunhando a identidade do Mestre. Para ele, Jesus passou pelo caminho da Paixão, morreu numa cruz, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia. Pedro proclama o que deve ser transmitido no processo da evangelização.

A identidade do cristão deve ser a vida de santidade, mas como fruto dos percalços da história. Santo mesmo é Deus, que se tornou humano em Jesus Cristo. Somos seres humanos, mas abertos para a condição de santidade, ao confessar, na prática, a identidade de Deus, quando assumimos a missão, que vem do batismo e os indicativos proclamados pela Palavra do Senhor.

O Antigo Testamento defendeu, fortemente, a feliz ideia da chegada da salvação e da libertação para o povo, que vivia sob a pressão de povos vizinhos, dificultando muito sua liberdade e condução da vida. Processo que deveria acontecer na ação de Deus ou por um enviado seu. Daí entendemos o motivo do nascimento e do papel libertador que Jesus assumiu, como enviado do Pai.

A salvação é fruto da autêntica profissão de fé, recebida no batismo como condição essencial para a filiação divina. Com isto, a pessoa é revestida de Cristo. Mas, fé expressada no compromisso com a vida, com o amor, a fraternidade e a coragem para carregar a cruz, porque, sem isto, sem as obras, ela é morta (cf. Tg 2,17). É sim, uma profissão de fé, tal qual aquela professada por Pedro.

Dentro do cenário, que envolve a confissão de Pedro, Jesus quer saber o que todos pensavam sobre Ele. A resposta foi de Pedro, representando a comunidade dos que estavam presentes, foi “o Cristo de Deus” (Lc 9,20). Para o povo, Jesus é João Batista, Elias ou algum dos profetas, que ressuscitou. Era natural esse entendimento das pessoas, pois não tinham a convivência com Jesus, como Pedro.

Era um entendimento distorcido que o povo tinha sobre Jesus. Não percebia o sentido da missionariedade que fazia parte de sua vida na terra. Vida de renúncia e abandono nas mãos do Pai. Tanto é que Ele disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30). Assim, Jesus revela a identidade do Pai, como Pedro confessa dizendo que Cristo é de Deus, para falar que quem age como Cristo, é de Deus.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba

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