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Ressurreição da Esperança

O Domingo da Páscoa é expressão máxima da opção de fé, que fazem os cristãos, porque nele o Senhor, ressuscitando, motivou a restauração da esperança dos desesperados. O desespero causa tristeza, angústia e desmorona o sentido belo da vida. O Ano Jubilar de 2025 está justamente em sintonia com o gesto salvador de Jesus Cristo, quando apresenta o tema “Peregrinos de Esperança”. 

A força desumana do povo judeu prega Jesus numa cruz e o mata, mas, ao terceiro dia, em um gesto de onipotência, o Pai celeste o ressuscita e o coloca como fonte de vida eterna para todos os seus seguidores. Esse fato ficou visualizado pelos primeiros cristãos e eles se tornaram testemunhas oculares da ressurreição. Nos dias de hoje, como Igreja, somos herdeiros do testemunho dos apóstolos. 

Para o apóstolo Paulo, a principal expressão de esperança das pessoas de fé cristã está na decisão consciente de mirar as coisas do alto (cf. Cl 3,1), fazendo do uso das coisas da terra instrumentos de elevação espiritual. No contexto cultural da realidade hodierna, muitos indivíduos precisam ressuscitar a esperança desmoronada e, assim, conseguir dar sentido verdadeiro para a beleza da vida. 

A Páscoa, como caminho iluminador da fé, terá uma duração de cinquenta dias. Nesse tempo é possível checar perfeitamente as motivações de esperança vividas pelas primeiras comunidades da era cristã. Em novos tempos, a Igreja deve ter a marca da confiança em Deus, para exercer essa importante missão como instrumento seguro e confiável de esperança, no processo da evangelização. 

Os que assassinaram Jesus não acreditavam no poder divino que ele tinha. Pensaram em eliminá-lo para silenciar a força de sua palavra, que era Palavra do Pai do Céu. Aconteceu o contrário, porque os discípulos deram continuidade à sua missão, testemunhando, com muita coragem, a identidade da esperança em Deus. Esse trabalho de anúncio continua na sacramentalidade da missão da Igreja. 

No Domingo da Páscoa é possível imaginar e ver o túmulo de Cristo vazio, porque a pedra tinha sido removida, conforme os dizeres de Maria Madalena (cf. Jo 20,2). À primeira vista, há uma sensação de apreensão e desespero, pois não viram o corpo de Jesus. Era preciso ver para crer. São as aparições dele ressuscitado, para os discípulos, que provocaram neles a restauração da esperança.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo Metropolitano de Uberaba

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