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Igreja Sinodal: Vocação, Busca e Processo

Síntese dos trabalhos em grupos

A Assembleia ampliada do CONSER/Leste 2 aconteceu de 27 a 30 de novembro de 2023 e contou com a presença dos bispos diocesanos, dos bispos auxiliares, do administrador diocesano, dos coordenadores diocesanos de pastoral, de um/a leigo/a de cada diocese e das coordenações em nível regional dos movimentos, pastorais e organismos.

Após o itinerário percorrido na realização da Assembleia, apresentamos a síntese dos trabalhos realizados nos grupos. Ela não é normativa e nem muito menos diretriz. No entanto, é fruto de um processo de escuta e de participação. Por sua vez, podem ser indicações pastorais para o Regional e Dioceses.

Foram estabelecidos dois cenários. O primeiro diz respeito ao que existe e que precisa ser valorizado, potencializado. O segundo cenário, o que existe, mas que nos preocupa e que, portanto, necessita de uma maior atenção.


PRIMEIRO CENÁRIO

O que existe e que precisa ser valorizado e potencializado

A FORMAÇÃO

    • Quais são as instâncias formativas que temos em nível de Regional (movimentos, pastorais e organismos) e Dioceses?
      • Escolas de teologias;
      • Seminários;
      • Formação permanente dos presbíteros;
      • Escolas catequéticas;
      • Escolas de fé e política;
      • Formação para ministérios;
      • Formações específicas (Ex: Campanha da Fraternidade, Mês da Bíblia e outros).

 

AS INSTÂNCIAS DE COMUNHÃO E PARTICIPAÇÃO

  • REGIONAL
    • A estrutura organizacional da CNBB. O próprio Regional é uma instância sinodal
    • Conselho Episcopal Regional – CONSER
    • Conselho Episcopal Pastoral – CONSEP
    • Comissões em nível de Regional
    • Assembleia Ampliada do CONSER
    • Províncias Eclesiásticas
  • DIOCESANO
    • Colégio dos Consultores
    • Conselho presbiteral
    • Conselho Diocesano de Pastoral
    • Conselhos diversos (Ex: Comunidades, administrativos etc.)

 

O PROCESSO SINODAL

  • De certo modo não é desconhecido.
  • Contudo, é preciso que seja fomentada a comunhão que, por sua vez, passa pela conversão pessoal e comunitária que possui como princípio a escuta atenta da Palavra de Deus e da realidade. Para tanto:
    • Valorizar e incentivar os espaços de partilhas em pequenos grupos;
    • Explicitar os diversos testemunhos de comunhão, participação e missão;
    • Garantir a existência e o funcionamento dos Conselhos.
    • Zelar para que as Comissões (em nível de Regional e Diocese) tenham efetivo funcionamento (Comunhão entre si e com a Igreja).
  • O Método utilizado: Método Espiritual ou Conversação Espiritual
    • Temos consciência de que este não é o único método, mas também somos conscientes de que pode ser uma inspiração para a nossa Igreja.


SEGUNDO CENÁRIO

O que existe, mas que nos preocupa e que, portanto, necessita de uma maior atenção

TEM DIFICULTADO O PROCESSO SINODAL

  • “Formação paralela” realizada por alguns influenciadores digitais.
    • Formações desvinculadas da realidade e que, na sua grande maioria, também desvinculadas do Concílio Ecumênico Vaticano II e em oposição ao Papa Francisco e à CNBB.
  • O clericalismo
  • No clero e no laicato.
  • A formação dos seminaristas (É um desafio).
  • A dificuldade em escutar. É preciso ter a capacidade de acolher, acompanhar, discernir e integrar.


ATENÇÃO ESPECIAL

Qual a razão de ser da Igreja? A evangelização. O Evangelho convida, antes de tudo, a responder a Deus que nos ama e salva, reconhecendo-O nos outros e saindo de nós mesmos para procurar o bem de todos (EG n. 39). Papa Francisco nos alerta para o grande risco: esquecimento do Evangelho de Jesus Cristo. A proposta para que a Igreja seja missionária tem a sua raiz no Evangelho. É preciso começar, mas a partir dele.

Sem o fundamento, Jesus Cristo, não se pode nem sequer pensar em evangelização. Portanto, não se esquecer que a formação deve estar enraizada em Cristo, Palavra de Deus encarnada. Tendo em vista a proposta Joanina, Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6), somos provocados a perceber que:

  • O Caminho, ou seja, a formação dos discípulos-missionários se dá a partir do anúncio da pessoa de Jesus, seu jeito de ser e agir;
  • Frente ao cenário que se apresenta (divisões, incompreensões, guerras etc.) não podemos nos esquecer que Jesus é a Verdade que liberta. O encontro pessoal com Cristo, como afirma Francisco, nos resgata da nossa consciência isolada e da autorreferencialidade (EG n. 8). Nesta perspectiva, uma autêntica conversão pessoal passa, também, pelo testemunho daqueles que já se encontraram com Jesus.
  • Como Igreja em saída, que caminha junto, devemos estar atentos a todos, principalmente com os pequeninos do Reino afim de que todos tenham Vida e vida em abundância (cf. Jo 10,10).
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