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Senhora da Abadia

Algumas realidades da vida cristã são impressionantes na história do povo. Uma delas é o que está por de traz da peregrinação de tantas pessoas para santuários marianos no mundo. É a devoção a Maria que atrai mesmo ou são outras as motivações que encantam a vida das pessoas? Nas palavras do Papa Francisco, a Mãe de Jesus tem o poder de atração, formando um clima de sentimento mariano.

Ao tratar do tema “vocação”, no mês de agosto, as reflexões colocam, na figura de Maria, Mãe de Jesus, como modelo de pessoa vocacionada, mulher do SIM, de abandono nas mãos de Deus. Entre diversos nomes a ela atribuídos, citamos Nossa Senhora da Abadia. É título que surgiu na região do Bouro, em Portugal, foi trazido para o Brasil e tem ampla expressão na Região do Triângulo Mineiro.

No calendário litúrgico católico, no dia 15 de agosto celebra-se a solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria. Data em que se comemora também a Mãe de Deus como Nossa Senhora da Abadia. É festa de alegria, de devoção popular, de peregrinações e de forte expressão da espiritualidade profundamente mariana. Os santuários ficam fervilhando com a presença de tantos devotos.

Devemos acreditar que algo divino acontece. Não é uma causalidade. Parece a citação do Apocalipse sobre a abertura do santuário de Deus no céu, provocando efeitos diversos na vida das pessoas (cf. Ap 11,19). Nossa Senhora da Abadia pode ser a imagem da Arca da Aliança, que atraía as pessoas para estar em seu entorno, convencidas de que ali estava a presença viva de Deus.

A Mãe de Deus, venerada pelos devotos diante das imagens feitas de gesso, fruto de expressão artística e colocadas nos diversos templos, são vistas pelo povo como real sinal de transcendência, isto é, da presença de Deus no meio do povo. Ela é interpretada como figura da Igreja e da vida de comunidade, que acolhe os devotos e os anima na verdadeira prática da fé em suas comunidades de origem.

Celebrar a Festa da Assunção de Maria, mesmo com o nome de Nossa Senhora da Abadia, é afirmar sua participação no mistério da ressurreição, realidade essa como caminho e destino para todos nós. É a consequência, e a justa recompensa dada por Deus, pelo esforço que a pessoa faz para viver a fé na convivência comunitária. O fundamental é ter coração mariano para o encontro com Cristo.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba

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