O dia das eleições municipais de 2024 já está chegando, quando vamos eleger os nossos próximos dirigentes políticos, para mais quatro anos de mandato. No executivo municipal, a escolha do prefeito e do seu vice; no legislativo, os vereadores. Há ainda tempo para identificar os melhores candidatos e votar de forma consciente e responsável. Não se vende um voto, porque ele tem consequências.
No cenário da campanha eleitoral, são muitos os candidatos que se apresentam e estão aí correndo atrás do voto. Apesar de todo cidadão brasileiro ser passível de uma candidatura, muitos não têm o mínimo necessário para assumir um cargo representativo de tamanha importância. Não basta ter a boa vontade e a indicação do partido apenas para somar votos, mas também dom para o serviço público.
O sufrágio honesto acontece por vontade divina, porque o poder vem de Deus, mas passa pelo voto dado de forma totalmente livre, consciente e responsável. Quando a escolha não é assim, toda comunidade geme e sofre durante um quadriênio. O progresso local não dá passos e tudo fica prejudicado. É por isto que digo ser ainda tempo para checar o nível de conhecimento sobre os candidatos.
Ser candidato não pode ser privilégio, mas dever e missão, para ajudar na administração pública e agir para o bem de todos, também daqueles que votam contra. Isto significa que, quem for eleito, vai ficar com poder e horizonte ampliados. Ele deve trabalhar para a coletividade local e não atuar pensando em interesses somente individuais, com favorecimento próprio e de seu grupo.
Se o momento é de conhecer os candidatos, é preciso saber que eles não podem ser considerados só porque têm bens materiais ou influência social. Importa saber se têm boas amizades, generosos na convivência, na partilha e preocupados com o bem comum. Não bastam palavras, discursos bonitos e aparecer apenas nestes momentos, que revelam interesses pessoais, sem comprometimento.
Ser executivo, prefeito (a) municipal e toda a sua equipe, é ser administrador dos bens e do dinheiro público da prefeitura. Ser legislativo, vereador (a), é acompanhar a administração, fiscalizar, apresentar e votar projetos indicativos para o bem do município. Pela dimensão da responsabilidade, não pode ser qualquer pessoa, porque está em jogo a vida, a dignidade e o progresso de um povo.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba